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1 a cada 9 mulheres tem depressão pós-parto, diz pesquisa

Segundo estudo, as primeiras relações entre as mães e seus bebês podem influenciar a saúde ao longo da vida, para melhor ou pior

Já é de conhecimento público que as primeiras experiências no início da vida são essenciais para o futuro das crianças. Contudo, agora, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, mostra que as primeiras relações entre as mães e seus bebês podem influenciar a saúde ao longo da vida, para melhor ou pior.

Estima-se que uma em cada nove mulheres experimente sintomas de depressão pós-parto, o que inclui mudanças de humor, cansaço e interesse reduzido em atividades. Esses sintomas podem dificultar a ligação das mães com os recém-nascidos, o que deixaria as crianças mais propensas a apresentarem problemas de saúde quando adultas.

De acordo com o estudo, a explicação estaria nos telômeros, que são estruturas que formam as extremidades dos cromossomos, com a finalidade de impedir o desgaste do material genético.

Normalmente, os telômeros diminuem de tamanho com a idade, deixando as pessoas mais vulneráveis a uma série de problemas, como doenças cardiovasculares, demência, diabetes, câncer e obesidade. Contudo, segundo os pesquisadores, os telômeros podem se desgastar mais rapidamente quando uma pessoa sofre de estresse psicológico, o que seria o caso dos bebês com mães depressivas.

Para chegar a tal conclusão, os cientistas acompanharam 48 mães com bebês de 12 semanas de idade por mais de um ano. Aos 6 e 12 meses, as crianças foram levadas ao laboratório para realizar tarefas estressantes. Em uma delas, por exemplo, as mães alternavam entre brincar com a criança e não reagir aos estímulos dos filhos, o que, geralmente, provoca estresse nos bebês, visto que eles dependem de seus cuidadores não só para alimentá-los, mas também para aliviar as emoções.

Durante as visitas, eram coletadas amostras das salivas das crianças para observar mudanças no cortisol, um hormônio associado ao nível de estresse. Além disso, também eram apuradas informações acerca dos sintomas de depressão que as mães estavam sentindo.

Quando as crianças completaram 18 meses, as famílias voltaram ao laboratório e, novamente, foram colhidas amostras de saliva para medir o comprimento dos telômeros dos bebês. Na ocasião, constatou-se que quanto piores os sintomas de depressão materno, maiores os níveis de cortisol infantil entre 6 e 12 meses de idade, o que fez com que, aos 18 meses, estas crianças estivessem mais propensas a ter telômeros menores do que as que não tiveram a mesma resposta.

Depressão pós-parto

Em artigo, publicado no início do ano no site The Conversation, os cientistas explicam que os resultados ainda são preliminares, mas indicam a necessidade de se ter maior atenção com a saúde mental das mães, para o benefício das mulheres e das crianças.

Dessa forma, segundo os especialistas, prestar atenção ao histórico e comportamento da mulher antes e depois do parto são as maneiras mais eficazes para a prevenção da depressão, sobretudo se a mãe já sofreu de doenças parecidas ou se passa por uma situação estressante, que possa desencadear o problema.

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