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Febre amarela: grávida pode tomar vacina?

Saiba também quando o bebê deve ser imunizado

A febre amarela é motivo de alerta para toda a população, mas para grávidas e bebês a situação é ainda mais preocupante. “A doença pode ser mais perigosa para gestantes, por conta do risco de transmissão ao bebê. No caso dos recém-nascidos, eles não podem ser vacinados e ainda não possuem anticorpos”, afirma a médica infectologista Thaís Guimarães, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia.

Transmissão da doença

Trata-se de uma doença hemorrágica transmitida através da picada de mosquito e existem dois tipos: a silvestre e a urbana. O que diferencia um tipo do outro não é o vírus, e sim, a forma de transmissão.

Na silvestre, a pessoa que adentra regiões de mata é picada por um mosquito, que contraiu o vírus picando um macaco contaminado com a doença. Esse tipo de febre amarela costuma ser mais comum entre os meses de dezembro e janeiro, quando o calor e a chuva causam um aumento no número de mosquitos e, consequentemente, da circulação do vírus.

O segundo, e mais perigoso, é a urbana. Nesse tipo da doença, a transmissão se dá quando o mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue) pica uma pessoa que contraiu o vírus na mata e, depois, uma pessoa saudável. Ou seja, a transmissão é feita de maneira secundária.

A febre amarela urbana é mais preocupante porque leva entre 20% e 50% das pessoas que não fazem o tratamento ao óbito. Uma das principais preocupações do Ministério da Saúde é justamente evitar que a febre amarela urbana volte a ocorrer.

Sintomas

O sintomas da febre amarela vão de dores a vômitos. “Os mais comuns são febre, vômitos, dores pelo corpo, aparecimento de ‘amarelão’ nos olhos e na pele e também podem surgir manifestações hemorrágicas”, afirma a infectologista Thaís Guimarães.

A médica explica que não há um tratamento contra o vírus em si, e apenas os sintomas podem ser tratados quando o paciente é internado. “O tratamento consiste em hidratação, prescrição de remédios antitérmicos contra febre, analgésicos paras as dores e, eventualmente, em alguns casos com hemorragia, transfusão sanguínea”, esclarece a médica. O tratamento é o mesmo, no caso das gestantes.

Vacina

Apesar de a principal forma de prevenção contra a febre amarela ser a vacina, o Ministério da Saúde não recomenda a imunização em gestantes. Para as grávidas que moram em áreas com indícios da doença, a imunização deve ser feita apenas com orientação médica, que irá avaliar o risco/benefício da vacina. Nesse caso, converse o quanto antes com o seu médico.

A vacinação também não deve ser administrada durante a amamentação a não ser por orientação médica. Mulheres com alergia a ovo, que usam medicamentos imunossupressores, corticoides, ou estão em tratamento de câncer também não devem se submeter à imunização.

De acordo com o Ministério da Saúde, bebês podem ser vacinados a partir dos nove meses de idade e devem tomar uma dose de reforço aos quatro anos. No caso de bebês que moram em regiões em situação de emergência epidemiológica, a dose pode ser tomada a partir dos seis meses de vida, repetindo-se a vacinação aos nove meses e quatro anos de idade. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda apenas uma dose da vacina para a vida inteira, porém o Ministério da Saúde brasileiro recomenda duas doses com intervalo de pelo menos 10 anos.

Fora a vacina, a única forma de prevenção é evitar a picada do mosquito. “Pode-se usar repelente e roupas compridas, principalmente as pessoas que vão às áreas de exposição e que adentram a mata”, recomenda Thaís Guimarães. Mas lembre-se que repelentes devem ser liberados pelo médico antes de serem usados no bebê e pelas gestantes.

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